Pular para o conteúdo principal

PORQUE ODIAMOS A FILOSOFIA?




Porque a filosofia é tão desprezada pela sociedade?

Porque os jovens de hoje em dia torcem o nariz quando ouvem esta palavra? Porque a cada dia mais e mais universidades retiram da sua grade de ensino o curso de filosofia? e porque muita gente afirma odiar a filosofia?

Eis uma questão filosófica muito simples de responder.

Pensar não é uma atividade comum ou valorizada por nossos contemporâneos.

Pensar hoje nada mais é do que um "conjunto de reflexos condicionados, organizados em poucas e imprecisas etapas, que tem por intuito resolver um problema ordinário de ordem prática, que em 99% das vezes envolvem questões ligadas ou a dinheiro, relacionamento ou ao próprio corpo".

Este "pensamento" prático faz do pensar mais elaborado, cuidadoso, exigente ou até metódico, algo enfadonho por todos aqueles cujos hábitos profundamente arraigados não permitem se dar ao "trabalho" de pensar por meio de uma reflexão mais ampla.

Neste sentido o filósofo realmente incomoda e torna-se um ser detestável, porque o filósofo pertuba o sono da razão.

A preguiça coletiva no ato natural de pensar, a letargia de raciocínio e a incapacidade para a reflexão são os verdadeiros alicerces do status quo, ou seja, de um sistema formado por "não pensadores" (individuos incapazes de pensar a sua própria existência), despreocupados com a justiça, com o bem coletivo, com o amadurecimento e com o exercício das capacidades da inteligência humana.

Odiamos a filosofia porque preferimos continuar dormindo o sono da razão, desta forma, não há necessidade de amadurecermos, nos preocuparmos com questões fundamentais para a vida, para a sociedade e o mais importante não precisamos perder tempo, porque tempo é dinheiro e pensar só é válido quando o foco do pensamento é como ganhar mais dinheiro.

Logo se filosofia não dá dinheiro e não resolve questões práticas do cotidiano ela é digna de desprezo e de ódio.

Coitada da filosofia. Ou melhor, coitada desta sociedade alienada de si mesma.

Comentários

  1. Foto: Flávio de Aquino
    Edição: Iara de Aquino
    Postagem: Washington de Aquino

    ResponderExcluir
  2. infelizmente não entendo o porquê do estudo da filosofia nas escolar... professores falam que lutam pelo direito das pessoas e da busca pela verdade mas no final apenas lemos oque filósofos pensam sobre tais coisas e depois cai na prova e pronto, acabou.Mas a filosofia é o Pensar, por que não podemos expressar nossas opiniões também? Não são válidas pois não somos estudados? devemos ter um padrão de pensamento na sociedade mundial? isso seria realmente possivel? a muitos pensares para mim não existe pensares certos ou errados mas pensares que são má a sociedade e o que é bom para a sociedade. No final, a filosofia é preconceituosa e contraditória.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente para compartilhar amorosamente aquilo que aqui amorosamente foi compartilhado!

Grato!

Postagens mais visitadas deste blog

A Macro e a Micro-Violência

A violência nunca é um fenômeno individual e isolado, se quer posso crer  na existência de qualquer outro fenômeno que seja completamente individual, porque o individual é reflexo do macro, como o macro é um reflexo do micro, tudo se interpenetra para a criação de um todo, de um conjunto que se interage através de múltiplas vias. A violência é uma linguagem, uma forma de expressão infantil, primitiva, instintiva, reativa de causa complexa e multifacetada, mesmo após diversos estudos realizados nas mais variadas áreas do saber, como a biologia, a antropologia e a psicologia a comunidade científica não responde de forma satisfatória ao dissecar todas as nuances relacionadas ao fenômeno da violência, a não ser hipóteses diversas que ora se encaixam a determinada situação e ora não, mas nunca revelando completamente a chave da questão. Se onde está o problema está também a solução, conhecer as causas da violência torna-se uma questão de fundamental importância para o estabelecimento d

O Encontro Santo e a Reversão do Pensamento (UCEM)

É a partir do encontro santo que o processo de reversão do pensamento tem início realmente, por isso o curso em si é apenas um começo. Sua base teórica só é necessária para tornar o estudante disponível, aberto e vulnerável para este encontro e não para uma compreensão minuciosa e intelectual de como funciona todo o processo, caso contrário o estudante se sentiria paralisado pelo medo ao perceber ameaçada toda a extrutura do pensamento do ego ao sentir a presença do sagrado revelado através do instante santo. O instante santo se dá quando duas ou mais "pessoas" deixam de perceberem a si mesmas como entidades físicas separadas e através da percepção direta descobrem que na verdade são uma única presença, uma única consciência em uma só expressão da unicidade. Quando a ideia de um eu separado (que é somente uma crença profundamente arraigada na base de pensamento do ego), é suspensa através da vivência do instante santo, o medo e a culpa também são suspensos,

Quando Osho Me Ensinou a Dançar!

Quando eu o vi pela primeira vez, bailando com um vigor natural, semelhante a tornados que se formam antes das tempestades e gracioso tal como a flor ao desabrochar, eu logo me apaixonei pelo meu professor de dança, Osho. Eu me aproximei encantado, era uma experiência arrebatadora, me senti erguido aos reinos celestiais e me senti um privilegiado por poder apreciar tamanho acontecimento histórico e sem igual desde os primórdios de quando nós humanos começamos a dançar. Ao me aproximar o reverenciei com as palmas justapostas em oração e curvando-se lentamente, no qual ele me respondeu com um sorriso puro e franco tal como o sorriso de uma criança. Minhas primeiras palavras foram – Me ensine a dançar tal como você mestre! E tal foi a sua resposta: - Isto é impossível, e mesmo se fosse possível não seria algo belo, verdadeiro, espontâneo, te ensinar a dançar como eu mesmo, seria te oferecer uma espécie de cópia, que valor isto teria? – Percebendo em minha