Um dos fatos que demonstram e comprovam, a meu ver, que vivemos numa sociedade infantilizada e atrasada, é a forma como nossa cultura nos ensina a lidar com nossas dores e nossas emoções.
Crescemos e somos educados não como indivíduos dotados de um corpo emocional, não ouvimos falar de uma aparelho, como um organismo psiquíco ou mesmo a respeito de uma dimensão subjetiva e introspectiva de nossas personalidades.
Ao contrário, nossos sentimentos e emoções são adestrados para nos voltarmos sempre para o exterior.
Os adultos (onde lê-se adultos, neste tópico, deve-se ler "crianças crescidas e imaturas"), ensinam as crianças a se alegrarem através de brinquedos, jogos, cores, texturas, doces, comidas, ou seja, sempre estimulando os sentidos com sensações rasas, sempre associadas projetadas para o exterior.
Entretanto, entre adolescência e vida adulta começamos a notar a existência de diversos fenômenos que nos ocorrem em nossa psique, e muitas vezes o interior necessita gritar e provar a sua existência de maneira um tanto quanto ruidosa, exigindo a nossa atenção e implorando que nos voltemos para dentro de nós mesmos para nos permitirmos superar nossas dores e inseguranças.
São as pessoas mais sensíveis que descobrirão, como um grande tropeço, a existência de um amplo universo interior, carente de desenvolvimento, atenção e estímulo, simplesmente porque esta dimensão interior é ignorada muitas vezes, por nossa cultura superficial, que determina o bem estar humano como uma conquista meramente econômica, desconsiderando nosso intímo, nossas emoções, nossa humanidade.
Desta forma, muitos indivíduos só começam a dar atenção a seu universo interior, composto por suas emoções, por suas crenças, por seus aprendizados, por sua fé, somente após sofrer certos reveses, devido a transtornos mentais, dificuldades de adaptação a sociedade, intensa angústia ou depressão, dificuldades em lidar com a sexualidade, com sua solidão, com suas neuroses e suas válvulas de escape.
Para muitos, a princípio, se voltar para dentro de si é uma necessidade urgente para alcançar a cura para os seus sofrimentos e paz para os seus conflitos, no entanto, muitas pessoas depois de darem início a jornada para dentro de si mesmo, não só são capazes de superar suas mazelas, mas também de descobrir uma fonte de alegria, leveza, desapego, paz e amor próprio e genuíno. Aquilo que a princípio era para curar a fonte do sofrimento, agora se torna a fonte da verdadeira alegria.
O caminho da mudança, da reforma íntima, da cura das atitudes e de nossas relações, do autoconhecimento e da jornada interior são caminhos envoltos de grandes desafios, de aventuras, de descobertas e de alegria. Há uma linha divisória na evolução e maturidade deste caminhar que separa a necessidade do sofrimento para o adquirir aprendizados, ou seja, há um instante em que aprender, é por si mesmo, maravilhoso, por essa razão não há mais necessidade de sofrimento e de se quebrar para aprendermos unicamente com nossos erros.
Aprender a lidar com nossas emoções e se voltar para dentro de si, são os princípios de uma evolução humana mais ampla, contribuindo assim, para que a humanidade se liberte de suas mazelas. Através do desenvolvimento interior nos tornaremos mais tolerantes, dotados de empatia nos voltaremos para a ajuda e a colaboração mútua, sempre prontos para estender a mão aqueles que necessitarem de nossa ajuda.
É hora de começarmos a construir novas referência de vida adulta em nossa sociedade, que possam nos ajudar a estabelecer uma cultura de paz e convergência, onde os seres humanos possam aprender que cuidarmos uns dos outros é cuidarmos de nós mesmos e de nossos familiares, o mundo humano precisa ser cuidado, curado, e nós precisamos desenvolver uma sociedade saudável e livre desse volume de transtornos, roubos, corrução e violência que assola a nação brasileira.
E para isto estou aqui, me dedicando a este curso, compartilhando alegrias, forças, experiências e esperanças para que possamos ajudar a curar o sofrimento coletivo, que é sentido por tudo e por todos neste planeta. Curando a mim mesmo eu ajudo a curar o mundo e compartilhando com todos a minha volta, desta dádiva, somamos uma força capaz de transformar o mundo, para isto (como diria Gandhi), que possamos ser a mudança que desejamos para o mundo, hoje e sempre!
Lhe convido para esta longa jornada de grandes mudanças e transformações, este é um caminho de alegria, de bem-aventurança e realização! Não sou um mestre, sou apenas seu irmão, sou aquele que acordou e que está aqui para ajudar a acordar aqueles que estão em busca do grande despertar, traga seus instrumentos, traga sua dança, é hora de deixar os lamentos para trás e é hora de celebrar!
lindo texto, e o mais IMPORTANTE: FÁCIL de ser compreendido !!!!
ResponderExcluirAMEI !!!!
Beijo grande
Maria Helena Lapenda
Obrigado!
ResponderExcluirMeu,tu descreveu um ser humano de mente aberta, que não tem medo de aprender com os erros, por mais decepcionante que seja errar no alge do seu sonho digamos, mas este individuo simplesmente acata este erro o transformando em força interior e sentindo que esta força vem de algo além desse plano.
ResponderExcluirOi Alex... Muito bacana ver que você, já está se voltando, para suas questões internas mais profundas. Não há nada mais fascinante do que esta descoberta a respeito daquilo que somos. Porque naquilo que somos se encontra a chave que tanto buscamos ao lado de fora.... Abraços!
ResponderExcluirAbraços!
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