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Mostrando postagens de junho, 2009

Viver o Agora é Um Exercício de Recuperação!

Viver o agora. Nada deveria ser mais simples do que isto, algo natural, espontâneo, atitude intrínseca e peculiar a existência em sua expressão natural. Mas algum acidente aconteceu. Fui em algum momento raptado! Sim! Minha mente subiu ao trono e usurpou o reinado da consciência para lançar-me na obscuridade de seus paradigmas, de seu intricado e confuso sistema de pensamento, baseado na limitação dos sentidos do invólucro que ele próprio criou. Pertenço a outro plano, totalmente distinto a este que a minha mente me apresenta ante os meus olhos atuais. E, no entanto, minhas crenças são limitadas pelas ilusões que observo como se fossem reais, e esta limitação me faz vivenciar fatos e experiências perturbadoras, angustiantes, nauseantes..., mas toda esta "realidade" inconsistente depende da continuidade deste reinado, o reinado da mente. Tudo o que eu vejo é passado, até as palavras que agora utilizo, são marcas do passado, velhos signos arbitrários, símbolos q

EU SÓ POSSO AJUDAR A MIM MESMO!

As religiões ocidentais como um todo, e grande parte das religiões orientais enaltece acentuadamente a prática do altruísmo. O Kardecismo expressa está tendência em seu ápice ao afirmar no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo ao dizer que "Fora da caridade não há salvação" a ponto de colocá-la como o único meio de atingirmos nossa realização espiritual. Tal fato pode ser encarado tal como um dogma. E discutir dogmas é para as pessoas que o aceitam quase uma ofensa, um desrespeito, um insulto. . No entanto, creio que os espíritas serão os que menos se sentiriam assim com relação a este questionamento, pois o próprio diz construir suas crenças em bases racionais e em observações empíricas enquadradas dentro de uma metodologia, portanto aberta a discussões e a avanços na compreensão de seus objetos de investigações. Porém, a vivência espiritual nos tem mostrado que a caridade pode tornar-se inclusive um empecilho para o nosso despertar, ao lermos o Poder de Agora ou

Espiritualidade ou Religião?

A espiritualidade não depende da religião. . A religião para ser genuína e para alcançar o objetivo do qual se propõe necessita da espiritualidade, a religião sem espiritualidade fracassa, porque a espiritualidade é a qualidade transcendente da religião, e o seu coração, o seu cerne. . No entanto a espiritualidade encontra o seu êxito através da realização íntima da potencialidade divina que cada humano trás dentro de si não dependendo da religião para alcançar este êxito. . Eckhart Tolle, mestre espiritual e autor do livro "O Poder do Agora" através de sua experiência com a iluminação, tornou-se prova viva e histórica deste fato que afirmo nesta reflexão, o seu encontro com o Ser não deu-se através de uma longa caminhada religiosa em busca de uma redenção, da iluminação ou do nirvana, deu-se num momento agudo de crise do pânico, no meio do desespero e da idéia trágica de suicídio, quando então a espiritualidade, fenômeno inerente e intrínseco a toda manifestação de vi

UM SÓCRATES MODERNO

Os três textos que irei postar a seguir tratá-se de uma reflexão sobre o trabalho do mestre espiritual alemão Ekckhart Tolle autor do livro O Poder do Agora, estes textos além da obra de Tolle versam sobre a diferença entre espiritualidade e religião, o verdadeiro significado do altruísmo e o exercicio de se viver o agora.

EU E SÓCRATES

Poderia parecer megalomania "das bravas" semelhante àqueles acessos furiosos de mania de grandeza da minha adolescência, escrever um texto cujo título é "Eu e Sócrates", mas não, na idade adulta não o é. Entretanto um traço adolescente que precisa ser deixado para trás está explicito no inicio desta reflexão, é esta tendência de utilizar justificativas, como alguém que, de tão habituado que está de atacar e ser atacado, já levanta suas defesas esperando o "inevitável ataque". Rodeios à parte, posso francamente dizer para mim mesmo neste momento: Não sei ao certo onde estou, não sei ao certo o que estou a fazer neste instante, não compreendo com exatidão este momento, não sei bem ao certo quem eu sou, portanto, de que maneira não admitir como Sócrates neste exato estágio cíclico da minha aparente existência terrena que "tudo quanto sei é que nada sei"? Aos poucos aqueles significados fixos e atômicos vão perdendo a sua consistência de outrora e aq