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Mostrando postagens de 2009

A Verdade é Como o Oceano e Nós Somos Tais Como Peixes!

Todo aquele que busca a verdade não a encontrará enquanto buscá-la. Buscar é o primeiro passo de todo aquele que a procura e, no entanto, será também a primeira ação abandonada quando a verdade se aproximar. A verdade é inerente a realidade, a realidade é inerente a vida e a vida é inerente ao Ser. Imagine um peixe no oceano buscando a água. É algo semelhante ao homem que busca a verdade, quando a verdade o rodeia por todos os lados, é a sua própria realidade e é a essência de sua própria vida. Mas afinal, o que deu errado? - Alguma coisa tem que ter dado errado - Diz a mente assumidamente lógica - Para que possamos explicar este caos do mundo em que aparentemente existimos. Pois é aí mesmo que se encontra a solução, este mundo caótico, insano, injusto, obscuro, onde todas as pessoas nascem condenadas a morrer sem ao menos saberem qual o crime cometeram, só existe na mente daquele que o vê. (Isto me faz recordar o personagem Joseph K do livro "O processo" de Fra

Somente o Ser Supremo sabe quem eu sou

Somente Ele sabe com toda a integridade quem eu sou. É na sagrada lembrança e recordação que brotará em minha mente a verdade. Quero relembrar e tenho convicção que a verdade está presente aqui e agora em minha mente. Onde está o problema está também a solução. Cristo disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E ele nos revelou que o reino dos céus está dentro de nós. Portanto o caminho está em cada um, a verdade está em cada um, e como a vida sãos inerentes e presentes em todos nós. Portanto, Eu Sou o caminho a verdade e a vida. Caminho este que é trilhado ao voltar-me para dentro de mim mesmo. Não, eu não sou a soma de minhas experiências passadas, muito menos eu sou o molde mental e emocional das impressões marcadas em meu corpo através do prazer e da dor, não, eu não sou o acúmulo de coisas externas a minha volta, não sou aquilo que consumo, não sou um corpo preso ao tempo e ao espaço, produto de um resultado histórico e linear, condicionado a pensar num determinado idioma e soma

SÓCRATES E EU (2ª PARTE - MUITO ALÉM DA IGNORÂNCIA SOCRÁTICA)

Certa vez, na antiga Grécia, alguns cidadões atenienses decidiram consultar o Oráculo de Delfos e questioná-lo quem era o homem mais sábio de sua época e o Oráculo respondeu: Sócrates! Sócrates para o Oráculo era o homem mais sábio que existia entre todos. No entanto a máxima socrática era: Tudo quanto sei é que nada sei. Partindo do ponto de vista de que não há nenhum saber acabado, a afirmação de Sócrates o colocara no auge da sabedoria humana, ao assumir sua própria ignorância ele também poderia admitir a imensidão de todos o mistério que nos rodeia e que portanto, estaríamos sempre imersos no desconhecido, ou seja na ignorância. Porém preciso aqui fazer uma ressalva, contradizê-lo em suas bases, questioná-lo em suas palavras, assim como ele o fazia com os sábios da época, e aqui humildemente questiono a máxima socrática. Sócrates afirmava: "Tudo quanto sei é que nada sei" mas, se eu afirmo nada saber, logo estou afirmando saber algo, ou seja, q

PORQUE NÃO TRANSFORMAR A REALIDADE?

Se há um lugar em que o mundo inteiro pode ser plenamente modificado este lugar é a minha própria mente. Nenhuma revolução verdadeira e permanente virá através de uma mudança de fora para dentro do individuo, a verdadeira revolução virá de dentro para fora, ou seja, começará no individuo e terminará no individuo, ninguém poderá obrigar, comandar ou manipular a transformação do outro, sua transformação dependerá de sua própria decisão e de seu próprio despertar. Um estímulo que tenha uma origem externa será fundamental para que esta revolução acontença, mas não será a maior responsável. O encontro genuíno consigo mesmo será o fator desencadeador da verdadeira revolução humana. Tudo aquilo que aprendemos nas escolas através da história e seus registros de acontecimentos triviais do passado cairão no ridículo, este registro de grandes crimes, de infantilidades, de disputas oriundas de seres que sofriam miseravelmente com baixa alta-estima e que através do despotismo, do ataque e da megalo

Viver o Agora é Um Exercício de Recuperação!

Viver o agora. Nada deveria ser mais simples do que isto, algo natural, espontâneo, atitude intrínseca e peculiar a existência em sua expressão natural. Mas algum acidente aconteceu. Fui em algum momento raptado! Sim! Minha mente subiu ao trono e usurpou o reinado da consciência para lançar-me na obscuridade de seus paradigmas, de seu intricado e confuso sistema de pensamento, baseado na limitação dos sentidos do invólucro que ele próprio criou. Pertenço a outro plano, totalmente distinto a este que a minha mente me apresenta ante os meus olhos atuais. E, no entanto, minhas crenças são limitadas pelas ilusões que observo como se fossem reais, e esta limitação me faz vivenciar fatos e experiências perturbadoras, angustiantes, nauseantes..., mas toda esta "realidade" inconsistente depende da continuidade deste reinado, o reinado da mente. Tudo o que eu vejo é passado, até as palavras que agora utilizo, são marcas do passado, velhos signos arbitrários, símbolos q

EU SÓ POSSO AJUDAR A MIM MESMO!

As religiões ocidentais como um todo, e grande parte das religiões orientais enaltece acentuadamente a prática do altruísmo. O Kardecismo expressa está tendência em seu ápice ao afirmar no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo ao dizer que "Fora da caridade não há salvação" a ponto de colocá-la como o único meio de atingirmos nossa realização espiritual. Tal fato pode ser encarado tal como um dogma. E discutir dogmas é para as pessoas que o aceitam quase uma ofensa, um desrespeito, um insulto. . No entanto, creio que os espíritas serão os que menos se sentiriam assim com relação a este questionamento, pois o próprio diz construir suas crenças em bases racionais e em observações empíricas enquadradas dentro de uma metodologia, portanto aberta a discussões e a avanços na compreensão de seus objetos de investigações. Porém, a vivência espiritual nos tem mostrado que a caridade pode tornar-se inclusive um empecilho para o nosso despertar, ao lermos o Poder de Agora ou

Espiritualidade ou Religião?

A espiritualidade não depende da religião. . A religião para ser genuína e para alcançar o objetivo do qual se propõe necessita da espiritualidade, a religião sem espiritualidade fracassa, porque a espiritualidade é a qualidade transcendente da religião, e o seu coração, o seu cerne. . No entanto a espiritualidade encontra o seu êxito através da realização íntima da potencialidade divina que cada humano trás dentro de si não dependendo da religião para alcançar este êxito. . Eckhart Tolle, mestre espiritual e autor do livro "O Poder do Agora" através de sua experiência com a iluminação, tornou-se prova viva e histórica deste fato que afirmo nesta reflexão, o seu encontro com o Ser não deu-se através de uma longa caminhada religiosa em busca de uma redenção, da iluminação ou do nirvana, deu-se num momento agudo de crise do pânico, no meio do desespero e da idéia trágica de suicídio, quando então a espiritualidade, fenômeno inerente e intrínseco a toda manifestação de vi

UM SÓCRATES MODERNO

Os três textos que irei postar a seguir tratá-se de uma reflexão sobre o trabalho do mestre espiritual alemão Ekckhart Tolle autor do livro O Poder do Agora, estes textos além da obra de Tolle versam sobre a diferença entre espiritualidade e religião, o verdadeiro significado do altruísmo e o exercicio de se viver o agora.

EU E SÓCRATES

Poderia parecer megalomania "das bravas" semelhante àqueles acessos furiosos de mania de grandeza da minha adolescência, escrever um texto cujo título é "Eu e Sócrates", mas não, na idade adulta não o é. Entretanto um traço adolescente que precisa ser deixado para trás está explicito no inicio desta reflexão, é esta tendência de utilizar justificativas, como alguém que, de tão habituado que está de atacar e ser atacado, já levanta suas defesas esperando o "inevitável ataque". Rodeios à parte, posso francamente dizer para mim mesmo neste momento: Não sei ao certo onde estou, não sei ao certo o que estou a fazer neste instante, não compreendo com exatidão este momento, não sei bem ao certo quem eu sou, portanto, de que maneira não admitir como Sócrates neste exato estágio cíclico da minha aparente existência terrena que "tudo quanto sei é que nada sei"? Aos poucos aqueles significados fixos e atômicos vão perdendo a sua consistência de outrora e aq