Pular para o conteúdo principal

Viver o Agora é Um Exercício de Recuperação!




Viver o agora.

Nada deveria ser mais simples do que isto, algo natural, espontâneo, atitude intrínseca e peculiar a existência em sua expressão natural.

Mas algum acidente aconteceu.

Fui em algum momento raptado! Sim! Minha mente subiu ao trono e usurpou o reinado da consciência para lançar-me na obscuridade de seus paradigmas, de seu intricado e confuso sistema de pensamento, baseado na limitação dos sentidos do invólucro que ele próprio criou.

Pertenço a outro plano, totalmente distinto a este que a minha mente me apresenta ante os meus olhos atuais. E, no entanto, minhas crenças são limitadas pelas ilusões que observo como se fossem reais, e esta limitação me faz vivenciar fatos e experiências perturbadoras, angustiantes, nauseantes..., mas toda esta "realidade" inconsistente depende da continuidade deste reinado, o reinado da mente.

Tudo o que eu vejo é passado, até as palavras que agora utilizo, são marcas do passado, velhos signos arbitrários, símbolos que representam símbolos e que estão, portanto duplamente afastada da realidade (como diz O Livro dos Professores de Um Curso em Milagres), e através desta arcaica simbologia eu tento expressar o meu agora...

Amigos nada daquilo que vocês leem aqui é real, é apenas a sombra de uma sombra... Querem encontrar luz? Voltem-se para dentro de si mesmos agora!

Oras, desta forma, o natural tornou-se artificial e agora eu preciso entrar em recuperação, tenho que reaprender a viver no presente e descobrir o que há por de trás das das teias de maya, preciso levantar o véu de Isis, preciso enxergar o que há por de trás dessas espessas camadas de ignorância, sombras, símbolos arcaicos e como fez Sidharta Gautama desvencilhar-me de uma por uma até alcançar o mundo real.

Tenho que utilizar o mantra dos monges budistas para atrair a mente para o presente: Comendo.., andando.., meditando..., como forma de atrair a mente unicamente para a minha atividade presente

Se necessário for terei que utilizar daquele castigo que recebi de uma professora no primário, quando ela exigiu que eu escrevesse no caderno trezentas vezes: Não devo chegar atrasado na sala de aula!Talvez hoje eu precise apenas escrever: Eu estou escrevendo esta frase agora... Para que eu treine a consciência para a percepção clara é obvia e não equivocada que só existe um momento, o agora.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Macro e a Micro-Violência

A violência nunca é um fenômeno individual e isolado, se quer posso crer  na existência de qualquer outro fenômeno que seja completamente individual, porque o individual é reflexo do macro, como o macro é um reflexo do micro, tudo se interpenetra para a criação de um todo, de um conjunto que se interage através de múltiplas vias. A violência é uma linguagem, uma forma de expressão infantil, primitiva, instintiva, reativa de causa complexa e multifacetada, mesmo após diversos estudos realizados nas mais variadas áreas do saber, como a biologia, a antropologia e a psicologia a comunidade científica não responde de forma satisfatória ao dissecar todas as nuances relacionadas ao fenômeno da violência, a não ser hipóteses diversas que ora se encaixam a determinada situação e ora não, mas nunca revelando completamente a chave da questão. Se onde está o problema está também a solução, conhecer as causas da violência torna-se uma questão de fundamental importância para o estabelecimento d

O Encontro Santo e a Reversão do Pensamento (UCEM)

É a partir do encontro santo que o processo de reversão do pensamento tem início realmente, por isso o curso em si é apenas um começo. Sua base teórica só é necessária para tornar o estudante disponível, aberto e vulnerável para este encontro e não para uma compreensão minuciosa e intelectual de como funciona todo o processo, caso contrário o estudante se sentiria paralisado pelo medo ao perceber ameaçada toda a extrutura do pensamento do ego ao sentir a presença do sagrado revelado através do instante santo. O instante santo se dá quando duas ou mais "pessoas" deixam de perceberem a si mesmas como entidades físicas separadas e através da percepção direta descobrem que na verdade são uma única presença, uma única consciência em uma só expressão da unicidade. Quando a ideia de um eu separado (que é somente uma crença profundamente arraigada na base de pensamento do ego), é suspensa através da vivência do instante santo, o medo e a culpa também são suspensos,

Quando Osho Me Ensinou a Dançar!

Quando eu o vi pela primeira vez, bailando com um vigor natural, semelhante a tornados que se formam antes das tempestades e gracioso tal como a flor ao desabrochar, eu logo me apaixonei pelo meu professor de dança, Osho. Eu me aproximei encantado, era uma experiência arrebatadora, me senti erguido aos reinos celestiais e me senti um privilegiado por poder apreciar tamanho acontecimento histórico e sem igual desde os primórdios de quando nós humanos começamos a dançar. Ao me aproximar o reverenciei com as palmas justapostas em oração e curvando-se lentamente, no qual ele me respondeu com um sorriso puro e franco tal como o sorriso de uma criança. Minhas primeiras palavras foram – Me ensine a dançar tal como você mestre! E tal foi a sua resposta: - Isto é impossível, e mesmo se fosse possível não seria algo belo, verdadeiro, espontâneo, te ensinar a dançar como eu mesmo, seria te oferecer uma espécie de cópia, que valor isto teria? – Percebendo em minha