A voz, que fala pelo ego em sua mente, sabe com sucesso lhe provocar, tanto de dentro para fora, quanto de fora para dentro, isto é, seja aparentemente refletida em seus próprios pensamentos ou nas palavras e ações daqueles que te cercam. Por essa razão, abandonar suas contrariedades, resistências e exigências infantis, é tão importante, isso desarma o ego. Quando os pensamentos lhe fazem recordar uma "situação desagradável", por exemplo, despertando uma carga emocional dolorosa, o ego produz sofrimento em ti, por meio dessa lembrança que ele te inspira. Da mesma forma, o ego está ciente, que existe alguém - ou alguns - dentro do teu círculo de relações, que você deposita seus investimentos e suas expectativas, esperando delas um retorno favorável, em razão dos seus "esforços e sacrifícios" em "ajudá-las". (Esses são os nossos relacionamentos especiais). Assim, quando este representante de seus relacionamentos especiais - lhe diz ou faz algo que lhe con...
Aquele que acredita na experiência como a essência de seu próprio ser, se confunde sem notar, em seu senso comum, que por meio da experiência tudo o que fazemos é acumular impressões, registros, memórias e narrativas, como recortes da realidade, que tem por objetivo reforçar uma identidade e comprovar a existência de um sujeito separado na experiência. Toda experiência é mental, e aparece como um lampejo, um fenômeno mutável que aparece para depois desaparecer e, em nada acrescenta ou retira de nossa própria essência, pois a natureza do Ser é imutável. Tudo o que pode ser acumulado, pode vir a se tornar lixo, como uma forma de entulho. A visão fica tolhida por uma espessa camada de impressões de experiências, da vida deste acumulador, desta contração de desejo e medo que é a personalidade. Nessas condições nos sentimos pesados, rígidos, com muitas certezas. Agora que acumulamos um saber baseado na experiência do passado, acreditamos que teremos maior facilidade para li...