É lindo observar a abundância e toda a diversidade existente na natureza.
Há aproximadamente mais de quatrocentos mil tipos de plantas e flores, catalogadas pela ciência, em nossa Mãe Terra.
Em nossa galáxia estimasse existir entre cem a quatrocentos bilhões de estrelas.
Estimasse que no corpo humano exista cerca de trinta trilhões de células.
Milhares e milhares de processos físico-químicos, construindo uma biologia fascinante e grandiosa e, presente neste instante em seu corpo, um verdadeiro microcosmo.
Como vemos, tudo na natureza é abundante, grandioso e colossal.
Nossos sentidos captam milhares de cheiros, formas, cores, texturas e sabores, cuja linguagem, limitada em seu poder de descrição, é incapaz de nomear, classificar e traduzir plenamente.
Só o senso comum, limitado por crenças, padrões, condicionamentos, acreditará na escassez, como nós seres humanos somos capazes de projeta-la diante de um realidade tão abundante?
Esta limitada inteligência, nascida de nossas resistências, medos e desejos, se separa do todo para afirmar a sua liberdade e soberania, fruto de um processo evolutivo dessa inteligência, que a meu ver, ainda se encontra nas fases iniciais do seu desenvolvimento.
A cultura neoliberal coloca o indíviduo no topo, lhe incentiva a individualidade extrema, a meritocrácia, mas esquece de um fato incontestável: é no coletivo que o trabalho pode se consolidar, é para o coletivo que trabalhamos, portanto, a sociedade, a política, a econômia e o Estado, deveria pensar o mundo do coletivo para o indivíduo a não ao contrário.
Descobrir que não somos essa identidade, este sujeito com sua personalidade mutável, com o seu conjunto de memórias, complexos, resistências, medos e limitações, é a chave para superarmos o senso comum.
Somos, cada um de nós, a própria natureza, o cosmos e a ilimitada existência, essa compreensão ultrapassa essa pobre percepção que a cultura neoliberal nos condicionou a acreditar, em uma vida limitada ao consumo.
Não importa quem você acredita que seja, não importa quais são os seus resultados conquistados ou sua ausência de conquistas, saiba de um fato: Você é extraordinário, você é a vida. Investigue e descobrirá por si próprio.
Ir além desta ilusória entidade é o caminho para a liberdade de ser, é a quebra radical com um passado “milenar”, cujo alicerce é essa inteligência animal nascida da resistência, do territorialismo e da defesa, que projeta uma realidade marcada pela ilusão e pelo desejo do sujeito de se fazer maior, melhor e mais especial do que outros sujeitos, quando a vida é um todo.
É preciso ir além desse senso comum, para conhecer a verdadeira abundância e grandiosidade da vida. Ao permanecer limitado a visão neoliberal, você adiará o redescobrimento de sua essência, que está muito além de todos os nossos padrões e crenças aprendidas.
Portanto, não somos aquilo que nos ensinaram que éramos e o que somos é extraordinário.
Se liberte das limitações que são como prisões em sua mente!
Washington Aquino Vieira
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