Na verdade não odiamos a filosofia.
Dizemos que odiamos a filosofia como meio taxativo de se quer, abrirmos um mínimo espaço para sua entrada em nossas vidas.
No primeiro minuto de jogo, já lhe aplicamos um cartão vermelho, porque acreditamos que a sua presença tornaria a nossa partida sem graça.
Na verdade temos medo da filosofia.
E porque temos medo da filosofia?
Porque temos medo de pensar!
E porque temos medo da filosofia?
Porque temos medo de pensar!
Pensar poderia revelar que não somos afinal, aquilo que acreditávamos ser.
Pensar poderia colocar dúvidas sobre os nossos valores, sobre o nosso real amadurecimento, sobre o sentido da vida, nos obrigaria a buscar respostas.
E as tais respostas prontas com suas "velhas opiniões formada sobre tudo", não mais nos serviriam de apoio para continuarmos a ser, quem sempre parecíamos que éramos ser.
O medo de pensar é o medo de mudar.
Desde crianças aprendemos por meio de nossa natureza, cujos sentidos se abrem para fora e através do convívio com adultos que só eram "pessoas grandes" mas não maduras, que tudo o que necessitamos para ser felizes e nos sentirmos indivíduos completos, nós encontraríamos no exterior, através de coisas, bens, relacionamentos, realização financeira e profissional.
Este comportamento é condicionado, e é por este motivo que hoje vivemos numa sociedade de consumo que diz "me diga o que consomes e eu te direi quem tu és".
Se esta ordem vigente estivesse de acordo com a razão, não haveriam crises financeiras e/ou problemas sociais, não pensar é se omitir e a omissão contribui para que as coisas permaneçam como estão.
Nós somos o mundo, portanto não é mundo que precisamos mudar, somos a nós mesmos.
Pensar é a mais valiosa ferramenta para o autoconhecimento.
O autoconhecimento é a mais importante ferramenta para nos libertarmos de nossas prisões, limitações, preconceitos, julgamentos, pré-julgamentos, confusões, emoções mal resolvidas, apegos, desafetos, mágoas, entre tantas outras barreiras e bloqueios que nos impedem de amadurecermos e ser quem nós somos em nossa essência.
Abrir mão do medo de pensar e encarar o medo de olhar para dentro de si sãos os primeiros passos para nos tornarmos responsáveis diante de tudo aquilo que sentimentos e vivenciamos em nossas vidas.
Caso contrário, permaneceremos vítimas de um sistema, e como vítimas estaremos fadados ao fracasso ou ao sucesso ilusório de alcançarmos os objetivos que foram escritos por outros e não por nós mesmos, o que ao final é também um fracasso.
Ao tornar responsáveis por nossas vidas nos tornamos livres para decidirmos o que desejamos sentir, vivenciar, realizar e assim encontrarmos com a nossa verdadeira natureza essencial.
Pensar é simples, mas não é uma tarefa fácil, exige concentração, atenção, análise, comparação, questionamento, dúvida, etc.
Pensar é o único meio de nos tornamos livres, pois é na mente que tudo começa e termina afinal.
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