A letra realmente mata e também dilacera. Isto é, se ela for usada com fins assassinos.
O assassinato mais cruel não é aquele que derruba o corpo e o lança ao esquife, mas é aquele que nos faz esquecer a alma e impede o seu despertar (pois é mais trágico um morto-vivo, do que um morto-morto), um exemplo prático disso é a ausência de amor, o amor é vida (Deus é amor e o doador da vida), portanto, a ausência do amor é morte.
Todos os tesouros que enriquecem a alma são heranças santas da divina criação, independem de qualquer aspecto da vida material ou da projeção externa diante de tudo aquilo que é visto por nós, num mundo externo e aparentemente desconexo de nossos pensamentos.
Diante disso, não há dúvidas de que os tesouros pelos quais Jesus nos ensinou a buscar, os tesouros dos céus, onde não há traça que possa comer, nem ferrugem corroer e nem ladrões que possam roubar, são tesouros encontrados no âmago de nossos seres (dentro de nós mesmos), pois é aí que se encontra o reino dos céus, logo, é aí que os tesouros celestes se encontram guardados, intactos e protegidos pela santidade inerente ao Ser.
No entanto, há aqueles, que iludidos por “valores do mundo” que são as riquezas temporais, observa na conquista de tais bens, um reflexo da benção divina, é a chamada “teologia da prosperidade” e esses pobres irmãos, que dormem e sonham um mundo que não existe, transforma a mensagem cristã em algo diametralmente oposta a mensagem do Cristo.
Diante deste fato vemos distorções de todos os tipos, como sacerdotes assalariados, profundo “materialismo espiritual”, instituições religiosas detentoras de grande poder econômico, possuindo inclusive canais de rádio e televisão, complexas estruturas hierárquicas semelhantes a de um empresa, que privilegia cargos em detrimento a outros, dando acesso a ganhos e lucros reais, e tudo isto, conquistado por meio da manipulação e da distorção da mensagem espiritual, daquele que nunca fundou uma igreja, nunca recebeu um dízimo ou dinheiro por suas curas ou ensinamentos e que nos deixou claro que o seu reino não era deste mundo, e que portanto, não dependia de coisas materiais.
Há alguma instituição, livro ou objeto de valor que possa oferecer e ensinar o amor pleno a Deus, ao próximo, a nós mesmos e a toda criação? Não há! E abrir-se para a divindade para receber suas dádivas, não requer que seja gasto nenhum centavo, e a atitude de gratidão mais profunda para com o Espírito é levar de graça aquilo que foi recebido de graça ao irmão que clama por ajuda, que se encontra em trevas porque desconhece a luz que mora dentro de si mesmo, ou seja, a única oferta digna do espírito é espiritual.
Mas todos aqueles que se encontram iludidos (cegos guiando cegos), necessitam profundamente do nosso perdão (eles não sabem o que fazem), e não há nada que eles possam fazer, que vá distorcer a verdade do Cristo (que está além de qualquer distorção, porque é regido por divinas leis e o amor do Pai pelo filho é eterno e imutável), portanto, não condenemo-los, mas sobretudo, oremos a Deus, elevemos os nossos pensamentos ao altíssimo, com a total e absoluta confiança de que todos os nossos irmãos serão salvos, porque o plano de salvação de Deus é infalível, e não há aquele que hoje esteja dormindo que dormirá para todo o sempre, mas todos irão despertar no dia do juízo final (e cada um vivenciará o juízo, quando chegado o seu dia), não para serem condenados como pensam as crianças quando estão com medo, mas para resgatarem a inocência e a glória do Filho e regressarem ao reino de Deus.
Todos os cristãos servos do poder temporal, despertarão na sua hora, no seu momento, para a verdade de que toda a dádiva do reino se encontra no Espírito e não no bem de consumo, pois a verdadeira prosperidade é a glória do Espírito, quando ele se encontrar pleno de amor, pleno do Espírito Santo dentro de si e ao vivenciar o estado de uma só mente com o Cristo, nesse momento o cristão viverá na plena união com Deus, nada mais lhe faltará. E independente de suas circunstâncias econômicas, este vivenciará a Paz de Deus, está paz que esta além do entendimento deste mundo.
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